Você está em:Página InicialBlogDownsizing: melhore o desempenho da empresa com ações de RH

Você já ouviu no meio corporativo sobre o termo “downsizing”? Essa palavra — que, em português, significa “achatamento” ou “redução” — está relacionada a uma técnica muito aplicada na administração contemporânea. O foco da estratégia é na melhoria do desempenho da empresa, por meio de ações de recursos humanos bem específicas.

Neste artigo, você entenderá com detalhes o que é downsizing, quais são as ações que ele implica, seus objetivos, vantagens e desvantagens. Vamos lá?

O que é downsizing?

Em termos bem simples, o downsizing consiste na eliminação de processos e recursos desnecessários, com foco no RH.

Talvez essa técnica faça você pensar um pouco na filosofia Lean, ou enxuta. Porém, enquanto a filosofia enxuta é focada em otimizar a geração de valor para o cliente, o downsizing está mais preocupado com o aumento da eficiência operacional e financeira da empresa.

Para que o downsizing possa trazer bons resultados, ele deve ser aplicado alinhado ao planejamento estratégico da empresa. Por exemplo, esta técnica pode ser uma forma de aumentar a viabilidade financeira da empresa em momentos de recessão financeira. Também pode ser uma alternativa para reduzir a burocracia, agilizando o fluxo da tomada de decisões.

Porém, como envolve ações que afetam muito a equipe, a implementação do downsizing deve ser bem planejada. Além disso, ele só deve ser utilizado quando trouxer benefícios reais para o atingimento das metas da empresa.

Como ocorre a implementação?

A implementação do downsizing ocorre através de um processo com 6 etapas principais, elas estão divididas em: planejamento, definição de metas, elaboração de princípios básicos, coleta de fatos, identificação de oportunidades e planejamento de melhorias. Entenda melhor o que acontece em cada uma delas a seguir.

Planejamento

Nesta etapa, os gestores devem analisar o quadro atual de recursos humanos e identificar desperdícios e gargalos. É importante definir se o downsizing é realmente a melhor alternativa para resolver os problemas identificados.

Definição de metas

Nesta etapa, os gestores estabelecerão quais são os objetivos que o downsizing atenderá. Por isso, tenha em mente que, dependendo das metas definidas, nem todas as ações típicas do downsizing precisarão ser implementadas, as principais são:

  • reorganização das funções e atribuições dos cargos;
  • simplificação da chefia, retirando cargos de “subgerente”, “supervisor” e outros cargos da pequena e média gestão;
  • redução de processos burocráticos, eliminando etapas intermediárias desnecessárias;
  • demissões, inclusive, as coletivas
  • estabelecimento de planos de carreira e programas de desenvolvimento de líderes;
  • reavaliação dos critérios utilizados para a avaliação de desempenho dos funcionários.

Execução

Nesta etapa, as ações, determinadas previamente, serão implementadas. A etapa de execução exige atenção para garantir que as equipes de trabalho não serão negativamente afetadas. Comunicação clara e transparente é essencial. Também é válido implementar medidas paliativas, especialmente, quando o downsizing envolve demissões. Neste caso, o programa de outplacement é recomendável.

Monitoramento

Nesta etapa, cabe acompanhar os resultados obtidos através do downsizing. É importante ter métricas palpáveis (KPIs) para avaliar se os resultados estão atendendo às metas iniciais. A etapa de monitoramento pode ser a mais longa, já que o downsizing visa resultados tanto de curto quanto de longo prazo.

Identificação de oportunidades

Nesta etapa, os gestores avaliam outras oportunidades que surgem a partir do downsizing para aumentar a eficiência da organização. Para isso, informações coletadas através do monitoramento serão um recurso importante.

Planejamento de melhorias

Finalmente, nesta etapa, o ciclo se fecha. Os gestores pegam as informações do monitoramento, as oportunidades identificadas e retornam ao planejamento. Assim, procuram ajustar erros de execução, alinhar melhor o downsizing com suas metas ou, até mesmo, ampliar o escopo das ações.

Quais são as vantagens do downsizing?

Em curto prazo, o downsizing permite reduzir custos ligados, direta ou indiretamente, ao tamanho das equipes de trabalho. Também tem um impacto sobre a agilidade das operações, já que a redução das camadas hierárquicas beneficia uma tomada de decisões mais rápida.

Até mesmo a qualidade do trabalho pode ser afetada positivamente. Quando você reduz a equipe, um mesmo funcionário passa a assumir a responsabilidade sobre um número maior de etapas de um processo. Desta forma, ele consegue ter uma visão mais clara e um controle maior do resultado desejado, durante a execuç6ão destas fases.

Se analisarmos os resultados em longo prazo, o downsizing também oferece vantagens. Com o tempo, uma equipe enxuta facilitará a execução de projetos altamente complexos, como:

  • Expansão do negócio (através de fusão com outro negócio, abertura de novas unidades, criação de franquias);
  • Modernização de procedimentos ao adotar novas tecnologias ou práticas;
  • Alterações no mix de produtos e serviços oferecidos;
  • Reposicionamento de mercado.

Tenha em mente que, quanto maior a equipe, maior a resistência encontrada a estes projetos que envolvem um nível elevado de mudança. Portanto, reduzir a equipe agora facilitará todo o caminho de crescimento da empresa no futuro.

E as desvantagens?

Em primeiro lugar, precisamos ressaltar que o downsizing, em si, não é algo ruim. Porém, ele pode ser implementado de forma inadequada e, assim, gerar graves problemas dentro da empresa.

Isso acontece, principalmente, quando a gestão leva o downsizing longe demais, algo que o próprio criador da técnica, Robert Tomasko, critica. Ele fala sobre a “miopia do downsizing”, que acontece quando a empresa acha que cortar custos resolverá todos os seus problemas — sem perceber, no entanto, que a causa por trás de seus problemas é outra.

Outro problema comum é quando a empresa decide experimentar o downsizing, em vez de implementá-lo como um projeto de mudança bem estruturado. No momento da implementação, ele já começa a gerar resultados e provocar reações. Se você não estiver preparado para manter a situação sob controle, ela pode avançar em direções muito diferentes dos seus objetivos.

Quando uma empresa comete um destes erros (e observe que ambos estão relacionados com uma falha na etapa de planejamento!) pode ocorrer o que Gary Hamel e C. K. Prahalad, em seu livro “Competing for the Future”, chamam de anorexia empresarial.

Nestes casos, as empresas reduzem ao máximo os custos através da demissão de seus funcionários, mas não reestruturam as funções e os processos para adaptá-los à nova estrutura. Assim, a organização fica mais enxuta, mas também perde em termos de saúde, de capital intelectual e competências.

Outra desvantagem é o efeito negativo sobre o moral da equipe que permanece. Quando não há uma comunicação interna forte por trás do processo de downsizing, os funcionários desenvolvem um sentimento de desconfiança e insegurança. Isso levará a uma desmotivação que, por sua vez, dilapidará a produtividade no trabalho.

Para evitar que este tipo de desvantagem aconteça, é aconselhável contar com a ajuda de especialistas em gestão na hora de implementar o downsizing. Uma consultoria empresarial de qualidade tem o know-how necessário para oferecer essa ajuda, desde o começo do ciclo, na etapa de planejamento.

Agora que você já sabe o que é downsizing, que tal aprender mais sobre outros temas de gestão de empresas? Então, siga o perfil da Lure Consultoria no Facebook, no Instagram, no LinkedIn e no Twitter!

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