Tudo que você precisa saber sobre os 3 pilares do RH Estratégico!
Diante de um mercado cada vez mais competitivo, é fundamental contar com uma gestão empresarial completa e eficiente. Entretanto, é preciso lembrar que vários elementos fazem parte desta gestão, entre eles: informações técnicas, controles, indicadores, tendências, tecnologias e decisões, que interligam todos os setores da empresa e embasam o aperfeiçoamento e otimização dos processos internos. Neste cenário, o RH estratégico ganha ainda mais importância, mantendo-se alinhado as necessidades do negócio. Cabe a este novo RH, uma participação ativa na gestão empresarial, definindo práticas e políticas com foco no capital humano, atuando fortemente na atração e retenção de talentos, no desenvolvimento dos colaboradores, na criação de oportunidades de crescimento, no incentivo ao aprendizado e na formação de equipes de alta performance. Além disso, o RH estratégico deve estar sustentado por três pilares básicos. O primeiro é o conhecimento e a vivência no negócio. O segundo, a responsabilidade de auxiliar a organização a entender sua cultura, seus valores e contribuir para o engajamento dos profissionais. E o terceiro, a garantia dos aspectos de compliance e governança, principalmente no que diz respeito a ética nas rotinas de trabalho, o cumprimento da legislação e a transparência da gestão. RH tradicional X RH Estratégico Em linhas gerais, o RH tradicional pode ser compreendido como um RH reativo, que atende as solicitações, porém, sem um envolvimento profundo com a realidade da empresa. O RH tradicional ainda possui muitas tarefas operacionais, que tomam tempo e reforçam o subaproveitamento do capital intelectual e criativo das equipes. Outras características deste RH são a burocracia e o engessamento de seus processos, que impossibilitam uma gestão mais ágil e flexível, de acordo com as exigências do mercado atual. Além disso, existe uma visão limitada, com foco apenas nos subprocessos do próprio RH, desconsiderando a interdependência com os demais setores. Neste ponto, é preciso frisar que o RH tradicional não é somente o departamento de pessoal que atua nas admissões, nos desligamentos, na elaboração da folha de pagamento, nos cálculos trabalhistas e no controle de benefícios. Mesmo os RHs que possuem ações estruturadas, destinadas a recrutamento e seleção, treinamento e avaliação de desempenho, podem ter um foco estritamente operacional, preocupando-se exclusivamente com suas atividades, ignorando a necessidade de avaliar os impactos de seus programas, nos indicadores corporativos. Desta maneira, fica evidente a falta de efetividade deste RH para a empresa. Já o RH estratégico é proativo, articulado, questionador e crítico, estando sempre disposto a apoiar o negócio em seus desafios, mas também assumindo um papel de protagonista nas principais decisões. Tem foco em resultados mensuráveis e consegue agregar valor real. O RH estratégico age como um interlocutor eficiente, entre a organização e os colaboradores — compreendendo, traduzindo e negociando, necessidades e demandas de ambas as partes. Assim, possui uma panorâmica muito mais abrangente, integrando setores, gestores e equipes. Além disso, esse RH aposta em uma gestão mais horizontalizada e humanizada, eliminado barreiras para o aumento da produtividade, de forma contínua e sustentável. O RH Estratégico vive o negócio De fato, a construção de um RH estratégico começa com a vivência e o profundo conhecimento do negócio. Deste modo, diversos aspectos são identificados e analisados por esse modelo de RH. Internamente, é preciso interpretar corretamente os valores e cultura empresarial, assimilar as peculiaridades de cada departamento, as competências comportamentais, os conhecimentos técnicos exigidos para o exercício de todas as funções e o perfil ideal dos profissionais a serem contratados. Além disso, é importante entender detalhes sobre produtos e serviços, novos projetos e tecnologias, processos produtivos e administrativos, investimentos planejados e os principais diferenciais competitivos da empresa. Externamente, é essencial reconhecer o mercado, os atuais e os potenciais clientes, a concorrência, os fornecedores e também, as melhores práticas e tendências de gestão. Além disso, o RH estratégico também compreende as dificuldades impostas pela crise econômica, as variações do câmbio, a inflação e as mudanças nos hábitos de consumo da população. Outro ponto importante, avaliado pelo RH estratégico, são os anseios dos jovens profissionais e também, dos mais experientes. Considerando que a sociedade está em constante transformação, devido ao avanço da conectividade, o fácil acesso à informação, a valorização da qualidade de vida e a falta de mobilidade nos grandes centros urbanos, é natural que haja modificações no ranking de prioridades e de ambições deste público. Por isso, é fundamental conhecer esse contexto, para elaborar ações convincentes, que garantam a atração e a retenção de talentos. Esse conjunto de informações permite uma visão ampla da realidade da empresa e deste modo, o RH estratégico se torna mais competente e assertivo, apoiando verdadeiramente os demais setores e suportando a conquista de resultados ainda mais expressivos. Ajuda a construir e consolidar a cultura da empresa O RH estratégico entende a importância de as empresas definirem e fortalecerem identidades próprias, com a finalidade de personificar o negócio, reforçar valores e princípios corporativos, diferenciar suas iniciativas e criarem características marcantes. Esta é uma forma eficiente de se tornar uma referência perante o mercado, consumidores e profissionais. E assim, a cultura empresarial deve alicerçar esta identidade, oferecendo elementos que colaborem com a atração e retenção de talentos e de clientes, que tenham os mesmos ideais e propósitos. É preciso lembrar que, através da cultura empresarial, é possível estabelecer pontos importantes da gestão, como políticas, normas e procedimentos internos, além de processos, rotinas, padrões de trabalho e objetivos coletivos. A cultura empresarial também determina regras que devem nortear as relações profissionais entre colaboradores, fornecedores, parceiros e consumidores, considerando os preceitos de conduta, moral e ética. E neste caso, cabe ao RH estratégico a difícil missão de criar e disseminar todos esses conceitos, entre gestores e equipes, através de algumas medidas específicas: Construção da cultura empresarial O RH estratégico deve participar da criação da cultura empresarial, adicionando componentes relacionados ao capital humano, como a valorização do indivíduo e de suas potencialidades, o incentivo a diversidade e ao aprendizado, o cuidado com a saúde e a segurança dos colaboradores. As questões sociais e a preocupação ambiental também devem estar presentes, bem como